quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Não haverá expediente no Natal

O Clube dos Jangadeiros comunica que nos dias 24 e 25 de dezembro a Secretaria Administrativa, Escola de Vela, Secretaria Esportiva e Central de Locações não terão expediente. O atendimento e as atividades retornam dia 26, segunda-feira. A Comodoria deseja um Feliz Natal, muita alegria e bons ventos a todos.

Convites esgotados para o réveillon

Para quem garantiu o seu convite para o réveillon agora é pensar nos brindes e na alegria de comemorar a virada do ano na Ilha dos Jangadeiros. É aquele momento de reunir a família e curtir a entrada de 2012 com quem você gosta, de preferência em um lugar especial. Pensando nisso, o Clube dos Jangadeiros, através de suas ações sociais, estará realizando no dia 31 de dezembro um jantar para sócios e convidados. O evento começa a partir das 21h e terá os serviços da SP Eventos Gastronômicos. E para fechar a noite com chave de ouro, muita música e fogos de artifício.  

Tiago Brito no Mundial de Optimist


Atual campeão sul-americano e vice-campeão brasileiro de Optimist, o velejador do Clube dos Jangadeiros Tiago Brito já está Napier, na Nova Zelândia, onde disputará o Campeonato Mundial da classe. O evento será realizado de 28 de dezembro a 8 de janeiro e reunirá competidores do mundo todo. Além de Tiago, integram a equipe brasileira: Gabriel Elstrodt, Leonardo Lombardi, Felipe Rondina e Rodrigo Luz. O treinador do time brazuca é o carioca Henrique “Gigante” Haddad. (foto de Pedro Brito na despedida no Salgado Filho)

sábado, 3 de dezembro de 2011

De sonho à realidade em 70 anos

O dia 7 de dezembro de 1941 marcou o início da vida do Clube dos Jangadeiros. A forma empreendedora e idealista do nosso patrono, Leopoldo Geyer, sempre saudado e lembrado como um homem além de seu tempo, que transformou um sonho em realidade. Durante a cerimônia de inauguração, o Sr. Hugo Berta, um dos sócios fundadores, proferiu as seguintes palavras: “...É o Clube dos Jangadeiros que surge, para projetar-se, desde já vitorioso, em nosso mundo desportivo e social...”, e hoje, tenho a certeza de que a concretização destas palavras é orgulho para todos associados. A Ilha do Clube dos Jangadeiros parece mágica, tamanha beleza. A construção foi novamente um sonho transformado em realidade. Construída com espírito de otimismo e entusiasmo, a dedicação e a doação dos associados foram fundamentais para a sua realização. Muitas vezes questionados e até desacreditados por alguns, temos muito a agradecer aos pioneiros que aqui chegaram e, com energia e paixão pelo esporte à vela, venceram em terra para conquistar vitórias e títulos na água. Construindo um clube para todos e seguindo o modelo de gestão dos fundadores é manter o rumo da vitória.A Jangada, nessa edição especial, celebra nossa história ao longo destes 70 anos. Viva o Clube dos Jangadeiros! Parabéns a todos.


Renê Garrafielo
Comodoro

Edmundo Soares, o incentivador à Vela

Por quatro décadas, entre 1956 e 1990, o jornalista Edmundo Fróes Soares foi Comodoro em oito oportunidades e como vice-comodoro esportivo em outras seis gestões. Diretor de Redação da Folha da Tarde, Edmundo foi um “Jangadeiro” de corpo e alma e sua paixão pelo clube se transmitia pelo incentivo, apoio e, principalmente, pelo empenho em realizar eventos marcantes no cenário esportivo.

O idealismo de Leopoldo Geyer

O Clube dos Jangadeiros foi fundado em 7 de dezembro de 1941, por iniciativa do empresário e desportista Leopoldo Geyer, igualmente fundador dos clubes Veleiros do Sul e Iate Clube Guaíba, da Capital gaúcha. Preocupado em levar o esporte da vela para a zona  sul de Porto Alegre, já que, até então, a prática do iatismo limitava-se à zona norte, ao longo do cais dos Navegantes, Leopoldo Geyer lançou a ideia de um clube na baía da Tristeza e, em seguida, adquiriu uma chácara à beira do Guaíba, um local privilegiado, com um prédio de moradia em condições de ser transformado em sede social e com bela arborização. 
Fundado o Clube buscou, então, Leopoldo Geyer a venda de títulos patrimoniais, reunindo assim, os recursos necessários ao ressarcimento do que fora gasto na compra da chácara e os custos complementares. No ano seguinte, já o Clube, mostrando vitalidade, inaugurava um trapiche de concreto com 60 metros de comprimento, possibilitando assim, através de um guincho, que barcos de maior porte pudessem ser colocados na água. O Clube, logo após, adquiriu outra chácara contígua possibilitando a construção de duas canchas de tênis e mais pavilhões para guarda de barcos.Na década de 40, o Jangadeiros teve uma boa atividade esportiva e social, mas seu fundador sentiu que havia necessidade de injeção de sangue novo, já que a faixa etária dos sócios fundadores era relativamente elevada. Criou,
então, o grupamento “Filhotes dos Jangadeiros”, em 1947, responsável por uma verdadeira revolução na vida do Clube, já que, além de fornecer o material humano para a área esportiva, transformou-se, por ter diretoria própria, em uma “fábrica” de futuros dirigentes do Clube, possibilitando que a partir da década de 50 a renovação chegasse também na diretoria e no conselho deliberativo. 


Na década de 50, o Jangadeiros viveu período áureo em sua área esportiva. Começou a amealhar títulos nacionais nas classes Sharpie e Snipe e iniciou trajetória internacional, o que se transformaria, posteriormente, em sua marca registrada. Esta intensa atividade deu ao Jangadeiros a autoridade para sediar, em 1959, o Campeonato Mundial de Snipes, a primeira competição deste porte realizada no Hemisfério Sul. O sucesso do evento, que incluiu a construção de 20 barcos novos, oferecidos aos participantes, abriu as portas para a efetivação de dezenas de grandes competições nacionais e internacionais (mais três campeonatos mundiais foram realizados posteriormente) e serviu como base para o lançamento da Ilha dos Jangadeiros e do ingresso do Clube na vela de Oceano e Cruzeiro. Construída a Ilha dos Jangadeiros, com a liderança de Geraldo Tollens Linck, passou o Clube a viver nova e promissora fase. Na ilha foram implantadas: a pioneira Escola de Vela Barra Limpa, a sede esportiva, junto às piscinas, o parque de vela de competição, a oficina de reparos e manutenção junto ao guindaste, com capacidade de 20 toneladas, os pavilhões e os pátios de lanchas, três rampas de acesso ao rio e quatro trapiches, com um total de mais de 200 embarcações de oceano e cruzeiro, além de canal dragado de acesso ao canal natural do rio.

O Departamento Feminino de Vela

A presença das velejadoras no clube já era destacada na década de 50, inclusive existia o Departamento Feminino de Vela que cuidava da participação da flotilha nas competições, como os II Jogos Abertos Femininos, em 1956, com vitória do Clube dos Jangadeiros, através do barco Rajada, da equipe formada por Lucy Aydos, Leda Sohni e Helga Landgraf. O barco escola das moças era o Rebojo, que segundo o regimento interno “só poderá navegar as vistas do clube, ou seja, na enseada, formada pela ponta do Cachimbo e ponta do Dionísio (Vila Assunção),tendo como limite o canalete, logo após o baixio”.