
Esta década foi marcada pela realização de 2 campeonatos mundiais sediados pelo clube. Centenas de velejadores do mundo todo atracaram na Ilha dos Jangadeiros e deslumbraram-se com o ambiente paradisíaco que encontraram. Primeiro em 1993, no Mundial de Snipe, e três anos mais tarde, no da classe 470. Curiosamente, foi exatamente nestas duas classes que o clube obteve os resultados mais expressivos nos anos 90. Uma nova safra de velejadores saía do forno e começava a dominar o cenário nacional. Logo em 1991, George Nehm, o Dodão, e Henrique Bergallo venceram o Campeonato Brasileiro de Snipe, quebrando um jejum de 14 anos do clube, em competições nacionais da classe, e com um gostinho especial por ter sido disputado no Jangadeiros. A dupla ainda venceria no mesmo ano o Sul-Americano da classe.
Também em 1991, Thomas Burger e Laerte Sobolewski de Jesus conquistaram o Mundial de Pinguim. Mas as vitórias estavam só iniciando. Um novo velejador começava a despontar, tanto no Snipe quanto no 470, e prometia dar muito o que falar nos próximos anos. Depois de ingressar no mundo da vela através da Escola de Vela Barra Limpa, Alexandre Paradeda havia conquistado o Brasileiro de Optimist, em 1987. Quatro anos mais tarde, começou a empilhar títulos de Snipe, vencendo cinco brasileiros, dois sul-americanos e conquistando a medalha de Prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Canadá. Aliado a isso, o talentoso velejador ainda levantou três sul-americanos e quatro brasileiros da classe 470. Era simplesmente um fenômeno. Sempre, claro, competindo ao lado de grandes proeiros. Durante este espaço de 10 anos foram diversos parceiros em suas conquistas. Velejadores de grande habilidade, como: Caio Vergo, Flávio Só Fernandes (Fafi ), Bernando Arndt (Baby) e André Fonseca (Bochecha), com quem Xandi disputaria os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.
Por falar em Olimpíadas, foi também nos anos 90 que uma jovem velejadora começou a chamar a atenção nas águas do Guaíba. Cria da Escola de Vela Barra Limpa, Fernanda Oliveira mostrava grande desenvoltura e já dava os primeiros passos rumo à carreira olímpica. O que realmente se concretizou no ano de 2000, quando Fernanda disputou os Jogos Olímpicos de Sidney ao lado de Maria Krahe, a Dijá, outra talentosa velejadora do Clube dos Jangadeiros, medalha de bronze na classe Laser, nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, Argentina, em 1995. E, se os grandes eventos e inúmeras conquistas foram a marca destes anos é impossível não falar do Campeonato Brasileiro
de Optimist de 1996, de Frederico Plass Rizzo e do multicampeão Nelson Piccolo. Enquanto o experiente velejador continuava empilhando títulos (Piccolo venceu os brasileiros da classe Super Cat 17 em 91, 92 e 95), o jovem Fred era o grande destaque da Flotilha da Jangada. Ele já havia sido campeão brasileiro de Optimist em 1994, mas a consagração veio de vez aqui, no Clube dos Jangadeiros, em 1996. Como se não bastasse sediar a competição, o Jangadeiros ainda ficou com o primeiro lugar (Fred) e com o vice (com Roberto Paradeda). Ou seja, a festa foi toda nossa!
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