Os anos 80 ficaram marcados pela grande quantidade de eventos realizados na Ilha dos Jangadeiros. Campeonatos de vela, eventos esportivos e muitas festas. A juventude agitou a vida social do clube, participando das regatas e comemorações. Foi um período também de conquistas inéditas e títulos nas mais variadas classes, do Pinguim ao Optimist, passando pelo 470 e o Hobie Cat. Entre os tantos eventos marcantes, impossível não destacar as Festas Jovens, que reuniam milhares de pessoas na Ilha. Além da diversão, estes eventos geravam uma boa renda para o clube investir na vela e nas obras de patrimônio. Mas também existiam os acontecimentos menores, como a Festa
Tropical, realizada em 1985, e as festas juninas, sempre um momento
de alegria para a criançada. Na parte esportiva, os associados aproveitaram um período rico em competições de todos os tipos. Enquanto a gurizada
divertia-se com campeonatos como o Bicicross e as regatas da vela, os adultos disputavam competições de tênis, de natação e até de bocha. O Clube ainda realizou um Sul-Americanode 470 e um Brasileiro de Optimist. E o mais legal é que estes eventos davam vida à Ilha dos Jangadeiros, que registrava
sempre casa cheia aos fi nais de semana.
Mas é impossível falar dos anos 80 sem citar as inúmeras conquistas dos nossos velejadores. Além da participação de Marco Aurélio Paradeda e Peter Nehm nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, o Clube dos Jangadeiros obteve títulos inéditos e firmou-se como protagonista em classes como a 470 e a Hobie Cat. Nesta, o grande nome foi Nelson Picollo, vencedor dos Campeonatos Brasileiros de 81, 82 e 86 (Hobie Cat 14) e 86, 87, 88 e 89 (Super Cat 17). Outra conquista que entrou para a história do clube foi a medalha de ouro da classe 470 conquistada por José Luiz Ribeiro, o Vergonha, e Paulo Roberto Ribeiro, nos Jogos Pan-Americanos de Caracas, em 1983. O feito da dupla foi tão marcante, que,no retorno ao clube, os velejadores tiveram uma recepção de heróis, com direito a autógrafos e tudo mais.
Na classe Pinguim, o nome da década foi de Luiz Fernando Bloss. Ele conquistou o mundo por duas vezes, enchendo de orgulho a Família Jangadeiros. Primeiro ao lado de Alexandre Hartmann, em 1982, no Mundial Junior, e depois, em 1985, tendo como proeiro Claudio Oliveira. Já no Snipe, uma das classes mais valorizada pelos nossos velejadores, a época era de vacas magras. A exceção foi a dupla Hilton Piccolo e Ralf Hennig que venceu o Sul-Americano, em 1987. Por outro lado, o 470 viveu anos de ouro. Foram três títulos sul-americanos, nove brasileiros e uma participação olímpica. Entre os tantos nomes que se destacaram na classe estão: Marco Aurélio Paradeda, Peter Nehm, Vitor Hugo Schneider, Cícero Hartmann, José Luiz Ribeiro, Paulo Roberto Ribeiro, Alexandre Schneider, George Nehm, Guilherme Correa dos Santos, Jorge Aydos e Luiz Fernando Bloss. E para fi- nalizar a década, a gurizada da Flotilha da Jangada trouxe para o Clube dos Jangadeiros um título, até então, inédito: o Brasileiro de Optimist. O autor da façanha foi ninguém menos que Alexandre Paradeda, o Xandi, em 1987. Naquele momento, surgia para o Brasil um velejador que nos anos seguintes
revelar-se-ia um dos nomes mais talentosos da vela nacional. E o talento para o esporte parece mesmo estar na genética dos Paradeda, pois em 1988 quem venceu o Brasileiro de Optimist foi Ricardo, irmão de Xandi.
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